domingo, 18 de novembro de 2012

O melhor de Viena de Áustria

 

catedral-viena
 
Viena, durante séculos foi a metrópole de um imenso império, hoje, de certa forma, mantém o estatuto como a grande unificadora das duas Europas: do Ocidente e do Leste. A mistura secular de diferentes povos e culturas tornou-a especialista em relações internacionais. É a única capital europeia onde as Nações Unidas têm quartel-general. Possui um dos mais belos patrimónios arquitectónicos da Europa e tem a reputação de ter a mais intensa vida cultural do velho continente. Cosmopolita por tradição, é uma cidade acolhedora que se orgulha de oferecer o que tem de melhor.


Atravessada pelo célebre rio Danúbio, Viena, com pouco mais de 1,5 milhões de habitantes e uma área de 415 km2, é a dinâmica capital da Áustria. Em pleno coração da Europa Central, esta é a cidade onde o Oeste e o Leste se encontram. Uma estratégica situação geográfica que sempre foi disputada pelos mais diferentes povos ao longo da história. A diversidade de tribos, raças e nacionalidades que por ela passaram deram-lhe uma riqueza cultural única e a tradição de cidade cosmopolita.
 
 
Orgulhosa do seu passado, Viena é um museu ao ar livre, imaculadamente preservado. Lady Mary Worthley Montagu escreveu em 1716: “A cidade é muito grande e quase completamente composta por deliciosos palácios”. Hoje, Viena pode não parecer tão grande, mas esses “deliciosos” palácios continuam a ser o seu maior cartão de visita.
 
É por entre cenários fantásticos que a vida corre intensa, sobretudo nos típicos cafés, que se multiplicam pela cidade. São os lugares ideais para conhecer na intimidade a cultura vienense e também para experimentar a famosa doçaria. A sua rica e variada gastronomia também já se tornou célebre além-fronteiras, assim como a saborosa cerveja e os excelentes vinhos, especialmente os brancos.
 
O maior símbolo de Viena é a sua intensa vida cultural. Ao longo do ano, a agenda cultural não só é diversificada como também de excelente qualidade, especialmente na música. Afinal, a cidade é a pátria de grandes nomes da música clássica: Mozart, Shubert e Beethoven são apenas alguns de uma lista invejável.
 
Por causa da sua estratégica posição no coração da Europa Central, Viena foi a jóia da coroa de uma multiplicidade de conquistadores. Entre os primeiros, contam-se os celtas, os romanos e os bárbaros. No século X, são os Babenberg que ocupam Viena, e ao longo de três séculos a cidade torna-se um importante centro comercial.
 
A partir do século XIII, Viena torna-se a capital do vasto império Habsburgo. Durante séculos é um notável centro cultural, famoso pelos seus belos palácios. No século XIX, era a quarta maior cidade do mundo e a capital de uma nação de 55 milhões de habitantes.
A Primeira Grande Guerra marca o fim do império Habsburgo. A Áustria é anexada à Alemanha Nazi em 1938 e, depois da derrota de Hitler, submete-se ao controlo dos Aliados. O país reconquista a sua independência em 1955.
 
Durante a Guerra Fria, Viena não é mais que a distante fronteira com o Leste. Neste período negro, Leste e Ocidente disputam a primazia pelo mundo e Viena revela a sua capacidade diplomática. Torna-se a anfitriã dos grandes momentos da História, nomeadamente, do encontro entre Khrushchev e Kennedy. Ao longo do século XX, o seu papel como mediador internacional ganha ainda maior influência.
 
Em 1979, as Nações Unidas fundam em Viena o seu terceiro quartel-general, o único numa capital europeia. Com o fim da União Soviética, Viena deixa de ser o extremo do mundo Ocidental para se assumir geograficamente e diplomaticamente como o ponto de convergência das duas Europas.
 
Ouvir Mozart
Costuma-se dizer que em Viena, a qualquer altura do dia ou da noite, há sempre alguém algures a tocar a música de Mozart. Podemos ouvi-la num teatro de ópera, numa igreja, num festival, num concerto ao ar-livre ou, melhor ainda, num café “belle époque”, executada por uma orquestra húngara. São inúmeras as alternativas, e também muito agradáveis, para apreciar Mozart na cidade que o idolatra.
 
 
Atravessar o Danúbio
Johann Strauss foi muito poético quando apelidou o Danúbio de “Azul”. Na verdade, a sua cor aproxima-se mais de um verde lamacento. De qualquer forma, é um dos cartões de visita da cidade e merece uma visita atenta. A legendária companhia DDSG organiza viagens de barco de um dia a preços convidativos. Durante o passeio, há sempre a oportunidade de apreciar algumas das mais famosas panorâmicas da Áustria Ocidental, incluindo as magníficas vilas de Krems e Melk.
 
A Escola de Equitação Espanhola
Nada evoca melhor a Viena Imperial que esta escola, fundada pelos Habsburgos no século XVI. Aqui, podemos apreciar a destreza e elegância dos célebres garanhões Lipizzaner. Diariamente, acontecem espectáculos onde experientes cavaleiros mostram porque razão estes cavalos são considerados os melhores do mundo em “alta escola”. Para assistir a uma das demonstrações aconselha-se reserva com 6 ou 8 semanas de antecipação.
 
As “Heurigen” nos Bosques de Viena
As “Heurigen” são as rústicas tavernas que celebram a chegada de uma nova colheita de vinho colocando um ramo de pinheiro sobre a porta. Os vienenses estão sempre desejosos de vir até estas simpáticas casas, situadas na região vinhateira de Viena, para experimentar o vinho novo e celebrar o acontecimento com um farto banquete. É quase obrigatório degustar os vinhos tintos de Vvsalu, de Sylvaner de Grinzing, ou o Riesling de Nussberg.
 
Revisitar os Habsburgos
Os Habsburgos foram uma das famílias reais mais famosas da Europa, que comandaram os destinos do império austrohúngaro a partir da sua corte em Viena. Ainda podemos apreciar a grandiosidade da Viena imperial se deambularmos pelo coração da cidade. O palácio de “Hofburg” era o palácio de Inverno da família, uma construção espantosa que mais parece um compêndio de arquitectura datado do século XIII. Aconselha-se também uma visita ao palácio de Verão dos Habsburgos, “Schvnbrunn”, situado na periferia de Viena. Verdadeiro rival de Versalhes, este palácio também tem magníficos jardins.
 
De bicicleta ao longo do Danúbio
A ciclo via que acompanha o Danúbio é o paraíso de qualquer ciclista. Estende-se entre Viena e Naarn, e oferece as mais belas panorâmicas e lugares. Atravessa pequenas vilas típicas, ancestrais burgos medievais, castelos, belas vinhas… Com um bom mapa, que se pode adquirir no Turismo de Viena, e o aluguer de uma bicicleta (abundam os espaços de aluguer na cidade) está garantida uma viagem inesquecível.
 
Os típicos cafés vienenses
A tradicional casa de café ainda se mantém em toda a sua autenticidade nesta cidade. Podemos passar horas a ler jornais (gratuitamente fornecidos), a escrever as memórias ou a planear o resto da estadia em Viena. É claro que há sempre o saboroso café, preparado de 20 ou 30 formas diferentes, desde “Weissen Ohne” (com leite) a “Mocca Gespritzt” (café com rum ou brandy). A acompanhar o café nunca pode faltar uma das iguarias da famosa pastelaria vienense.
 
 
Em Kärntnerstrasse
O bulício de Viena é mais intenso em “Kärntnerstrasse”, uma avenida apenas destinada aos pedestres. De manhã à noite, é animada por mil e um vendedores ambulantes, por artistas de rua e pelos muitos vienenses que têm aqui o seu lugar de passeio preferido. Não faltam os elegantes cafés de esplanada, para ficar serenamente a apreciar o vai e vem de pessoas enquanto se degusta uma fatia do típico bolo de chocolate.
 
O verde de Prater
Desde que o Imperador Joseph II o abriu no século XVIII, o “Prater” é o parque preferido dos vienenses durante o Verão. Para além dos agradáveis passeios entre um abundante verde ou um intervalo tranquilo num dos cafés de esplanada, o parque também concentra vários complexos desportivos, incluindo campos de ténis e um campo de golfe.
 
Uma noite na Ópera
Viena tem o melhor teatro de ópera do mundo, o “Staatsoper”. Subindo a imponente escadaria de mármore deparamo-nos com um espectáculo maravilhoso. Construído em 1860, o “Staatsoper” sofreu graves danos na Segunda Guerra mas reabriu em 1955 com a produção de “Fidelio” de Beethoven para assinalar a independência da Áustria. Strauss e Mahler dirigiram a sua orquestra e, hoje, as mais famosas estrelas de ópera sobem ao seu magnífico palco, sempre acompanhados da fantástica Orquestra Filarmónica de Viena.
 
A Catedral de Stephansdom
No centro de Viena, a catedral é a alma da cidade. Na cripta sob o altar-mor, jazem os restos mortais de alguns Habsburgos. Há mais de 800 anos, existiu no local uma igreja românica do século XIII, mas dela só restam o Pórtico dos Gigantes e as Torres dos Pagãos. A nave, a capela-mor e as capelas laterais góticas resultam da reconstrução feita nos séculos XIV e XV, sendo algumas partes externas já representativas do período Barroco. A catedral encerra inúmeros tesouros: obras-primas da escultura gótica, figuras de santos nas paredes e baldaquinos em altares laterais. O estilo renascentista também marca presença, é exemplo o notável túmulo de Frederico III, assim como o mais elaborado dos barroco, de que é exemplo o altar-mor.
O clima subalpino moderado de Viena oferece Invernos frios mas Verões quentes e longos. O bom tempo começa pela Páscoa e estende-se até meio de Outubro, sendo Julho e Agosto os meses mais quentes, com temperaturas próximas dos 30º. A melhor altura para visitar a cidade é na Primavera e no Outono. O Inverno também pode ser agradável pois, muitas vezes, o tempo é límpido e o sol brilha com frequência.
Numa viagem a Viena, está quase sempre no topo da lista a visita aos palácios e museus e o usufruir da excelente oferta cultural. Entre isso, há sempre oportunidade para conhecer melhor a cultura local nos muitos cafés, onde nunca faltam a música, o bom café e deliciosa pastelaria. As muitas áreas verdes e o famoso Danúbio oferecem boas alternativas de passeios ao ar livre. No coração de Viena abundam as melhores lojas, bastante caras mas a oferecer uma diversidade de artigos de excelente qualidade. Os leilões de antiguidades são uma constante numa cidade onde se podem encontrar verdadeiros tesouros de arte, antigos e modernos.
Todas as grandes companhias áreas asseguram voos directos a partir dos vários continentes. Estradas e caminhos-de-ferro ligam Viena ao resto da Europa. O moderno aeroporto internacional de Viena, o “Wien Schwechat”, fica a pouco mais de 20 km do centro da cidade. A melhor forma de conhecer Viena é andar a pé, mas a cidade também possui uma óptima rede de transportes públicos, entre autocarros, eléctricos e metro.
 

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